sexta-feira, 25 de maio de 2007

Artista de rua

Todos conhecemos a molecada que fica "fazendo arte" nos sinais de trânsito de SP. Incrível como até na economia informal as coisas se desenvolvem -- da venda de produtos (que antes eram balinhas, etc.; para a prestação de serviços, shows, etc.).
Bom, ontem eu fiquei espantado. Parei no farol (isso mesmo pessoal não-paulista, é farol que a gente diz por aqui). Meu carro era o primeiro da fila. O moleque fica em pé na frente do carro, levanta a camiseta e dá uma volta completa antes de começar o show.
A ficha só caiu quando o show -- uma dancinha muito da vagabunda -- terminou. Quando o moleque se aproximou do carro é que me dei conta... ele não está armado... é por isso que levantou a camiseta e deu a volta, para mostrar que não estava armado!
Dei umas moedas para o guri, não pelo show (que foi MUITO ruinzinho, mesmo quando comparado com os outros colegas de rua que já vi), mas pelo peso na consciência.

Mania de CPF

CPF deveria ser um número que só interessa ao governo. Número de pagamento de impostos por parte do contribuinte e pagamento de benefícios por parte do governo. Aqui no Brasil o assunto ficou ridículo - pede-se CPF para TUDO. Pede-se CPF sem razão, ou mesmo quando um outro documento deveria resolver o assunto. CPF virou documento de identidade quando não o deveria ser, e parece que ninguém mais se importa.

Alguns exemplos de pedidos desnecessários de CPF:

1. Dois anos atrás fui comprar um fogão para minha mãe. Iria pagar em dinheiro, e o sujeito da loja me pediu o CPF. "Por quê?" perguntei eu. "Porque senão o computador não aceita" , respondeu os sujeito. Uai, até onde sei não é o computador que deve gerar processos... bom, indignado fui comprar o fogão em outro lugar. Acho que hoje já não conseguiria encontrar outro lugar. :-(

2. O mais ridículo aconteceu agora. Vou ficar no Brasil mais tempo, então habilitei um celular -- na verdade, minha irmã o habilitou e eu o estou usando. O celular é da Vivo e lá na página deles existe um serviço chamada "Torpedo Web" -- uma maneira de se mandar mensagens de texto para o telefone usando a página da Vivo na web.
Ótimo, assim as pessoas do Canadá podem entrar em contato comigo, pensei ingenuamente.
Qual não foi a minha surpresa... as pessoas que queiram enviar e-mails precisam cadastrar-se... e claro, inserir seu CPF. Por que cargas d'água é preciso do CPF para mandar uma ^%$#&^% de mensagem! RIDÍCULO!
Telefonei para a Vivo explicando que seriam colegas que moram no Canadá que enviariam os e-mails e de novo a mesma resposta -- o processo (ou o computador) não permite. Claro, amigos canadenses não têm CPF e não poderão usar o serviço. Mas o que me espanta é a exigência do mesmo em uma B%$#@ de servicinhi sem importância.
Passei numa loja da Vivo. Não solucionaram o problema e o rapaz ainda afirmou: "Provavelmente eles querem é vender-lhe alguma coisa". Quiquiéisso! Além de dar o meu CPF ainda vão mandar spam! Peloamordedeus! Tamosperdidos!

3. Para terminar, fui enviar um pacote para minha irmã. Novamente, impossível fazê-lo sem o CPF.

A exigência de CPF para prestação de qualquer serviço deveria ser combatida. É excesso de informação e invasão de privacidade, mas infelizemente parece que o assunto é corriqueiro no Brasil e ninguém dá bola. O bicho vem até impresso claramente nos talões de cheque. Uma pena.

Greve dos estudantes da USP

Hoje é sexta-feira. Acabo de ouvir na TV que foi marcada nova reunião com os estudantes (parados, se não me engano, há 20 dias) na segunda-feira.
Por que segunda-feira? Por que não amanhã ou domingo?